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Introdução

Por Ricardo Valério. A Medicina Chinesa ou Medicina Tradicional Chinesa (MTC) como é conhecida nos dias de hoje é por assim dizer um subproduto da reavaliação e reorganização que tomou lugar nos anos 50 da “nova” China (1). Indubitavelmente que a sua existência e sobretudo a sua conservação e permanência até então deve-se ao autêntico fenómeno cultural a que a Medicina Chinesa é considerada, ocupando um lugar de destaque próprio na China. Desde o que os chineses comem ás crenças populares, passando pela música, tradições orais de contos e histórias, caligrafia, agricultura, religião, filosofia, etc., todos estes entre outros acontecimentos manifestam algum detalhe que ficou tocado pela presença da Medicina Chinesa. Tal como foi dito, para que se realmente entenda a Medicina Chinesa, temos que compreender e mergulhar no seu passado cultural para que talvez os seus segredos mais obscuros e de significados profundos possam então surgir e ser-nos revelados.

 

1 A partir de 1949, o PCC (Partido Comunista Chinês) decidiu reorganizar a medicina por forma a satisfazer as necessidades de cuidados de saúde do país mas encaixando e renovando os seus tradicionais padrões ao critério revolucionário da altura. Esta nova medicina, então rotulada de Medicina Tradicional Chinesa, reforçava a ideia governamental em encontrar uma aproximação científica ao mesmo tempo que visava promover uma nova e reinventada cultura chinesa.

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